Desenvolvimento de ações para o aprimoramento do subsistema de atenção à Saúde Indígena (SASISUS)

O projeto é uma iniciativa que busca melhorar o cuidado e a atenção à saúde dos povos indígenas. Ele envolve ações específicas para fortalecer o sistema de saúde indígena, promovendo melhores práticas, políticas e estratégias que atendam às necessidades dessa população de forma mais eficaz e respeitosa.
Tem como proposta avaliar a ocorrência de arboviroses em populações indígenas em diferentes territórios e considerando diversas etnias indígenas da Bahia e traçar estratégias para um adequado diagnóstico e controle destas infecções. Representa uma continuação de estudo anterior, financiado pela chamada Inova Saúde indígena que avaliou a prevalência de arboviroses em territórios indígenas da Bahia e do Mato Grosso do Sul. No estudo anterior, que contou com a participação de 2932 indígenas, das etnias Pataxó, Tupinambá, Kiriri, Kaimbé, Kaiowá, Guarani e Terena, observamos uma prevalência de exposição pregressa (sorologias IgG) de 61% para Dengue e 14% para Chikungunya , e de infecções recentes (sorologia IgM) de 4% para Dengue e 7% para Chikungunya, com variações entre os diferentes territórios estudados e entre aldeias de um mesmo território. Os resultados demostraram uma alta circulação dos vírus da Dengue e Chikungunya nos territórios avaliados. No atual projeto, propomos um estudo corte-transversal, com soro inquérito para arboviroses (Zika, Dengue, Chikungunya e Oropouche) em populações indígenas da Bahia. Pretendemos ampliar a área do estudo, incluindo novos territórios e etnias indígenas da Bahia não avaliados previamente, adicionar a investigação para o vírus Oropouche e caracterizar fatores de risco para a exposição e determinantes sociais associados. Pretendemos também traçar um perfil demográfico e descrever as condições de moradia e acesso a água e esgotamento sanitário nos territórios avaliados. O projeto conta com o apoio do Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia (DSEI/BA) e será coordenado por pesquisadores de dois laboratórios do Instituto Gonçalo Moniz- Fiocruz Bahia (Laboratório de investigação em Saúde Global e Doenças Negligenciadas – LISD e Laboratório Avançado de Saúde pública (LASP), em parceria com a Universidade Federal da Bahia e Universidade Santa Cruz.