Fiocruz Bahia participa de projeto para promoção da saúde e prevenção da tuberculose entre pessoas em situação de rua.
A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Theolis Bessa, participou na última sexta-feira, 10/10, da Ciranda da Prevenção e Cuidado – atividade promovida pela ONG Motirô BA, com o apoio da Fiocruz Bahia, do coletivo Nós nas Ruas, do Movimento da População em Situação de Rua, da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, e da QUIAGEN.
Buscando garantir um ambiente seguro e acolhedor, a atividade realizada no Casarão da Diversidade, no Centro Histórico de Salvador, proporcionou um momento de troca de informações sobre questões como HIV/AIDS, Hepatites Virais, PrEP e Direitos Humanos.
A ação aconteceu no âmbito do projeto Akanni, uma iniciativa voltada para atender a população em situação de rua, com foco na prevenção da tuberculose e da coinfecção por tuberculose e HIV, disponibilizando cuidado, informação e acesso à saúde. A parceria com a Motirô BA também integra as iniciativas do projeto “Pessoas em situação de rua sob risco de adoecimento por tuberculose: estudo multicêntrico de métodos mistos”, coordenado pela UFMG em parceria com a UFBA e a Fiocruz Bahia, e que tem como objetivo estudar os fatores associados ao adoecimento por tuberculose nessa população vulnerabilizada, identificando a repercussão desse adoecimento sobre os indivíduos, seu cotidiano e sua relação com os pares e o território, além de revelar as barreiras enfrentadas no acesso ao diagnóstico e tratamento da tuberculose.
Segundo a pesquisadora Theolis Bessa, a parceria com a Motirô BA agrega um valor importantíssimo ao projeto, ao possibilitar que haja interação efetiva entre a população em situação de rua, os profissionais envolvidos na assistência e a academia, permitindo uma construção conjunta e integração facilitada de soluções aos protocolos de cuidado. “É essencial compreender que nada se faz para o outro, e sim com o outro, com o indivíduo que demanda atenção à saúde como cidadão em sua posição de direito.”
Por: Dalila Brito